Cirurgia Bucomaxilofacial

A Cirurgia Bucomaxilofacial é uma especialidade da Odontologia que tem como objetivo o diagnóstico e o tratamento de doenças, traumatismos, lesões e anomalias, congênitas e adquiridas, do aparelho estomatognático (aparelho mastigatório) e estruturas crânio-faciais associadas.
A Cirurgia Bucomaxilofacial tem como sua área de competência, segundo a Resolução CFO 185/93, no Art. 42:
-Implantes, enxertos, transplantes e reimplantes dentários;
-Biópsias;
-Remoção de dentes inclusos;
-Cirurgias com finalidade protética;
-Cirurgias com finalidade ortodôntica;
-Cirurgia ortognática;
-Tratamento cirúrgico de cistos dos maxilares;
-Tumores benignos maxilofaciais;
-Afecções radiculares (cirurgias periapicais);
-Doenças de glândulas salivares;
-Doenças nas articulações temporomandibulares (ATM);
-Traumatismos faciais;
-Malformações congênitas ou adquiridas.
O cirurgião bucomaxilofacial pode executar o procedimento tanto em ambiente ambulatorial (consultório) como em hospital, podendo ou não utilizar anestesia geral. A decisão sobre qual ambiente a ser utilizado vai depender do nível de complexidade da cirurgia, ansiedade do paciente e do quadro geral e mental do paciente.
Em geral, são executadas cirurgias odontológicas especializadas, sob anestesia local, para, por exemplo, extração de dentes inclusos, implantes dentários, remoção de pequenos tumores benignos, cistos, cirurgias para adaptações protéticas, entre outras.
As cirurgias mais complexas, que são realizadas sob anestesia geral, são as cirurgias de grandes tumores, fraturas faciais, cirurgias ortognáticas e reconstruções dos ossos maxilares. Outros casos que muitas vezes necessitam do ambiente hospitalar são pequenos procedimentos em pacientes comprometidos sistemicamente ou neurologicamente.
Atualmente, as cirurgias para correção de deformidades faciais estão em evidência nas mídias e são objeto de grande procura de informação. As deformidades faciais são compreendidas desde as sequelas de doenças como câncer, traumas severos, distúrbios do desenvolvimento, como as síndromes e alterações do desenvolvimento, como o prognatismo (aumento dos maxilares), micrognatismo (diminuição dos maxilares) ou a combinação delas.
A cirurgia para correção destas deformidades se chama Cirurgia Ortognática e é executada pelo cirurgião bucomaxilofacial. Esse tipo de cirurgia muitas vezes necessita do auxílio de outra especialidade odontológica, o ortodontista, que irá reposicionar os dentes para que a cirurgia ortognática tenha estabilidade pós-operatória a longo prazo.
O cirurgião bucomaxilofacial também tem papel importante no manejo cirúrgico dos pacientes com SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono). São pacientes com anormalidades anatômicas que contribuem para o estreitamento ou obstrução do espaço aéreo faríngeo durante o sono e podem ser beneficiados com Cirurgia Ortognática para normalizar os tecidos moles e duros da face e consequentemente os músculos faríngeos.
Na Clínica Atennuar você encontra esse profissional para ajudá-lo a alcançar uma vida plena.

Apicectomia

A Apicectomia é uma modalidade cirúrgica utilizada em patologias dentárias que não podem ser resolvidas com tratamento endodôntico convencional. Trata-se de uma cirurgia que tem a finalidade de remover lesões que se formam no ápice dentário (ponta da raiz do dente).
Neste procedimento, remove-se parte da raiz que contém os microrganismos responsáveis pela infecção.
Se não tratada, esta patologia apical poderá evoluir para a formação de um cisto que, em casos mais graves, pode levar a uma deformação dos maxilares, sinusites e perdas dentárias. Nestes casos, o cirurgião e o endodontista (dentista que realiza o canal) devem trabalhar em sintonia pensando sempre no bem do paciente.

Apneia do Sono

A apneia do sono é caracterizada pela parada ou diminuição da respiração diversas vezes durante o sono. Pode ser considerada doença quando acontece com frequência, impossibilitando um sono reparador. Presente em 4% da população, com predileção pelo sexo masculino em 95% das vezes, estas paradas podem ocorrer até mais de 50 vezes a cada hora, caracterizando um quadro de apneia grave.
Mas como conseguir identificar a doença? A presença de quatro a cinco roncos bem ruidosos com um intervalo de silêncio (apneia) e um breve despertar, repetidos durante a noite, representa a mais óbvia descrição da apneia obstrutiva do sono.
A polissonografia é o exame de predileção para o auxílio no diagnóstico da apneia do sono. As características mais presentes nos indivíduos portadores desta doença são: retrognatia, obesidade, alergias, pouco calibre das vias aéreas por amígdalas aumentadas, dentre outros fatores.
O tratamento inclui alterações no estilo de vida como, abolição do uso de álcool, tranquilizantes e hipnóticos, que juntamente com a perda de peso são eficazes para a melhora nos sintomas da apneia. Dispositivos bucais para melhorar a respiração ou que façam pressão positiva contínua de oxigênio também auxiliam no tratamento. Entretanto, algumas vezes, tratamentos cirúrgicos devem ser levados em consideração, como a remoção de pólipos nasais, correção de desvio de septo nasal, adenoidectomia, tonsilectomia e osteotomia para avanço dos maxilares, permitindo assim maior passagem de ar pelas vias aéreas. Sendo esta última, uma modalidade cirúrgica com altos níveis de sucesso realizada pelo cirurgião bucomaxilofacial.

Cirurgia Ortognática

Refere-se a um procedimento cirúrgico que visa reestabelecer estruturas ósseas e musculares buscando harmonia funcional e estética. A pessoa submetida a este tipo de cirurgia adquire uma melhor posição de seus dentes e estruturas ósseas, mastigando melhor, podendo, também, melhorar a fala e a estética.
O crescimento facial é um processo lento e gradual, e em alguns casos os maxilares podem se desenvolver de forma diferente entre si. Geneticamente, 10% dos indivíduos possuem deformidades nas quais a cirurgia ortognática pode ser benéfica.
As indicações cirúrgicas devem sempre ser realizadas por um cirurgião bucomaxilofacial e ter como principais fatores:

 

  • Dificuldade de mastigação;
  • Problemas de fala;
  • Dor maxilomandibular crônica;
  • Apinhamento dentário excessivo;
  • Dificuldade de abertura bucal;
  • Mordida aberta;
  • Falta de balanceamento da aparência facial;
  • Injúrias faciais ou defeitos congênitos;
  • Mento (queixo) retraído (insuficiente);
  • Apneia do sono.

 

É importante entender que o tratamento pode incluir ortodontia antes e após a cirurgia ortognática, podendo levar alguns meses para finalização ortodôntica. O paciente deve estar preparado para um tratamento longo para colher os benefícios dessa cirurgia.

     

    Disfunção de ATM

    A articulação temporomandibular (ATM) é responsável pela movimentação da mandíbula. Uma disfunção da ATM (DTM) pode provocar estalos, travamento e até deslocamento da região. Além disso, a DTM pode desencadear dor de cabeça, dor de ouvido e da face, inchaço local e zumbidos.
    O profissional capacitado para tratar a DTM é o cirurgião bucomaxilofacial. Na Clínica Atennuar, você encontra tratamento para DTM e outras dores craniofaciais.

    Enxertos Maxilares

    Com o advento da implantodontia e a busca por tratamentos de excelência, a reparação de estruturas bucais comprometidas está cada vez mais indicada. Sendo assim, antes de instalar implantes dentários deve-se restabelecer tecidos de suporte e proteção para o implante, como osso e gengiva.

    Uma das cirurgias mais realizadas é o enxerto ósseo. O procedimento tem como objetivo aumentar a quantidade de osso para permitir a colocação de implantes dentários apropriados para aquela região. Atualmente, com o advento de técnicas mais seguras e menos invasivas, os enxertos ósseos estão sendo realizados com melhores pós-operatórios.

    Odontologia Preventiva

    Tem como objetivo a manutenção e a prevenção das doenças orais, por meio do acompanhamento periódico com o profissional dentista, sendo possível diagnosticar doenças periodontais, cáries, câncer de boca e outras doenças precocemente.
    Além de ser um dos mais baratos procedimentos da odontologia, a prevenção, sem dúvida alguma, é o mais eficaz a ser feito, já que atua diretamente na causa dos problemas e não nas consequências.
    A odontologia preventiva deve começar desde os primeiros anos de idade, para que a criança já entenda a importância do cuidado com os dentes e apresente sempre uma boca saudável. Nunca se esqueça de que a saúde começa pela boca.

    Tracionamento Dentário

    Tem como objetivo recuperar as distâncias biológicas em dentes com fraturas específicas e cáries subgengivais, reduzir ou eliminar defeitos ósseos, fazer o nivelamento das margens gengivais e preparo do local de implantes que irão substituir dentes condenados periodontalmente.
    O procedimento também permite o acesso adequado para tratamento endodôntico e protético, diminuindo a remoção de dentes adjacentes. O diagnóstico e o tratamento dos dentes não irrompidos requerem competência do clínico geral, do odontopediatra, do cirurgião bucomaxilofacial, do periodontista e do ortodontista, além da colaboração do paciente.

    Facetas e Lentes de Contato

    Lentes de contato são facetas de resina ou porcelana, com espessura entre 0,4 a 1 mm, que são aplicadas sobre os dentes deixando-os alinhados e bem ajustados, levando a um sorriso harmônico.

    As lentes são produzidas especificamente para cada paciente. Para isso, é utilizada a tecnologia CAD/CAM, lançando mão de escâneres e de impressoras 3D. Elas podem durar mais de 10 anos, mas esta durabilidade depende de manutenções periódicas feitas por um dentista especializado, assim como os dentes naturais precisam de acompanhamento periódico.

    Reabilitação Oral

    Consiste em uma equipe multidisciplinar que trabalha unida a fim de estabelecer a saúde bucal e estética do paciente. Compreende todas as áreas da odontologia envolvendo diversos profissionais a fim de estabelecer um planejamento criterioso e personalizado, baseado em exames de imagem, ensaios de laboratório e programas de reprodução digital, tudo isso para encontrar a melhor solução para cada paciente.

    Pacientes Onco-Hematológicos

    Cuidados bucais podem evitar muitos problemas em pacientes submetidos à quimioterapia, radioterapia ou que estão se recuperando de um transplante de medula óssea. As principais manifestações orais destes tratamentos são:

    • Mucosite oral: feridas na mucosa da cavidade oral que causam dor e desconforto e que levam, muitas vezes, a quadros de desnutrição e desidratação por causa das dificuldades em engolir líquidos ou alimentos.
    • Xerostomia: a secura excessiva da boca que pode levar a problemas gengivais ou de cáries nos dentes.
    • Cárie de radiação: por causa da baixa produção de saliva e de má higiene bucal, as cáries podem surgir e, consequentemente, a necessidade de tratamentos cirúrgicos como extrações dentárias, muitas vezes contraindicadas durante a quimioterapia e após a radioterapia.
    • Infecções oportunistas: durantes estes tratamentos a imunidade do paciente diminui bastante, o que pode levar a infecções oportunistas.
    • Sangramento bucal: como as células de defesa, as células da coagulação sanguínea são também afetadas durante a quimioterapia, aumentando as chances de sangramento, inclusive bucal.

     

    Osteonecrose dos Maxilares

    A osteonecrose pode ser em decorrência do uso de drogas como os bifosfonatos, que evitam metástases ósseas em pacientes oncológicos, ou devido à radioterapia nos maxilares.
    A Osteonecrose induzida por bifosfonatos consiste em uma exposição óssea na maxila ou na mandíbula que não se repara em oito semanas, acometendo pacientes que estejam recebendo ou que receberam bifosfonatos sistemicamente e não sofreram irradiação no complexo maxilomandibular (American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (AAOMS), 2007).
    A osteorradionecrose dos maxilares é uma complicação oral tardia da radioterapia da cabeça e pescoço. Pode ter consequências graves que variam desde dor severa, fístulas e fraturas patológicas. Consiste em uma necrose isquêmica induzida pela radiação local, onde há evidência de imagem e geralmente clínica de necrose óssea por mais de três meses e na ausência local de neoplasia.

    Cirurgião bucomaxilofacial da Clínica Atennuar